Do do do what you want to do!
Há exatos 5 anos eu embarquei no que viria a ser a melhor viagem da minha vida. E ainda parece que foi ontem.
Pela primeira vez fui à Europa. Pela primeira vez viajei sozinha. Logo eu, a filha única que nunca soube dar um passo sem pegar na mão da mãe ou das amigas. Pois lá fui eu.
Ao planejar a viagem descobri a existência da Contiki: uma empresa americana que organiza tours para jovens. Era exatamente disso que eu precisava! Mergulhei no que chamam de Contiki Experience. Só vivendo pra saber!
Já na primeira hora de “reconhecimento” do grupo puxei conversa com uma menina australiana. Sentamos lado a lado no ônibus que ia de Londres a Amsterdam e não paramos de conversar um minuto. Eu não entendia algumas palavras que ela falava, claro...aí ela dava uma risadinha e pacientemente repetia ou me explicava. Lembro quando ela perguntou se eu gostava de Eminem...e eu respondi pensando que ela estava falando de M&M (aquelas pastilhinhas de chocolate). Até o final da viagem eu já estava entendendo aquele sotaque bem melhor.
A escolha das pessoas que dividiriam um quarto foi feita aleatoriamente pelo nosso guia (um gostoso, diga-se de passagem!)...e eu acabei sendo roomate (ou será room mate?) de uma (outra) australiana e uma japonesa (que falava um inglês bem meia-boca e fumava desatinadamente, mas era gente boa). No grupo ainda tinha americanos, canadenses, neo-zelandeses, três mexicanos, e um escocês. Só não virou uma Torre de Babel porque, afinal de contas, todo mundo se entendia!
Nesse primeiro dia já dava pra perceber que eu iria viver um sonho. Desses bem malucos que eu costumo sonhar. E vivi. Uma cidade diferente a cada dia; línguas diferentes; culturas diferentes; comidas diferentes...uma bebedeira diferente a cada noite e uma dor-de-cabeça igual a cada manhã. Era o paraíso!
Dancei em cima do balcão de um pub só pra ganhar um shot; cantei yodeling num restaurante suíço; fiz algumas picardias impublicáveis; vi a MonaLisa e o David de Michelangelo; encontrei gaúchos; caminhei no meio da “inundação” de Veneza; vi um show de sexo explícito no Red Light District; fiquei com torcicolo de tanto olhar pra pintura no teto da Capela Sistina; andei naqueles ônibus londrinos de dois andares; tomei banho de chuva no frente do Louvre; disse “ciao bello” pra todos os romanos lindos; e fiz xixi olhando os Alpes suíços pela janela.
Sá lamento não ter câmera digital na época...tirei pouquíssimas fotos!
Todas as manhãs, ao entrar no ônibus para ir a uma nova cidade, ouvíamos a mesma música...era a NOSSA música: “It takes a fool to remain sane”, do The Ark. E tínhamos algumas frases-lema: “No regrets”, “Don’t judge” e “Feel the love”! Baseados nelas é que curtimos como se não houvesse amanhã.
E não seria bom se fizéssemos isso todos os dias de nossas vidas?
Passados 5 anos...é, realmente acho que foi um sonho...dos melhores, dos mais insanos. E depois de 20 dias eu acordei, e fiquei triste, e tive de voltar pra realidade. Mas o que aprendi, terei sempre comigo.
We’ll always have Paris.
8 comentaram porque quiseram:
7 de outubro de 2007 às 17:40
E a foto do strip tu não pôs, né?
tsk tsk tsk
7 de outubro de 2007 às 18:39
bom, enquanto comento ouço a música hino. a mlehor de todas. nem preciso dizer que foi tu que me apresentou, né? enfim...
Contiki, me lembrou a revista Contigo!, piada infame. sorry.
sua bebum! lá tu bebia, é??? hehehehehehehe... e como assim dançou em cima do balcão para ganhar cachaça? tsc tsc tsc... se minha mãe sabe que tu é assim... hahahahahahahaha... fazer xixi olhando os Alpes deve ser algo fantástico.
e por enqto é isso. depois eu volto e comento mais. ou não.
"it takes a fool to remain sane"
bjs Darl.
7 de outubro de 2007 às 19:42
Ai, acabei de voltar de 10 dias em Buenos Aires. Tb fui sozinha, na viagem dos sonhos. Pela sensação de liberdade...pelo prazer de pagar toda a viagem, ir sem ajuda de ninguém e conviver com a barreira do idioma. Deu tudo tão certo, pena que acabou. Impressionante como nunca dá vontade de voltar e quando retornei comecei a ver de forma diferente certas coisa as quais eu dava muita atenção. De repente, elas me pareceram tão pequenas diante de toda a experiência de ficar solta num país desconhecido. Meu albergue tinha 9 meninas, contando comigo. Dancei em cima da mesa, mas nem foi pra ganhar nada. Quase chorei ao ver o quadro do Abaporu da Tarsila do Amaral e realmente chorei ao ver de pertinho um quadro da Frida. Tão perfeito. Tão curto, mas inesquecível.
8 de outubro de 2007 às 16:51
Ah, Gui, e exatos 2 anos e 3 meses voltei da minha segunda viagem à Europa, e desde então penso qdo volto. Eu fiz tantas estripulias... não sei que brasileira passou por lá deixando má fama, mas eu não necessariamente mente fiz qualquer coisa para desmintir ;)
8 de outubro de 2007 às 22:31
Acho que a gente so se da conta do que viveu quando volta pra casa.
Como eu ainda estou vivendo, as vezes nao acredito que estou do outro lado do mundo!
Viajar e o que ha, realmente.
9 de outubro de 2007 às 00:43
ADORO Paris !
É ralmente a cidade luz !
9 de outubro de 2007 às 16:03
Eu acabei de achar sua página procurando depoimentos sobre Contiki! E eu não podia ter achado depoimento melhor! Mas sobrou um dúvida: qual é a idade média do povo que vai nessas excursões? é muita garotada? Estou planejando um Contiki pra europa, mas já estou com 28 aninhos nas costas...
11 de outubro de 2007 às 21:11
definitivamente, tu é loka!!!!
Pelo menos escreveu esta obra de arte no dia da perfeição - 7
Tu tem utilizar este potencial e beleza e stilo em algo, lhe sinto parada querendo algo maior, talvez AMOR, talvez trabalho, talvez volutariado, talvez carreira política, mas vc tem muito a desenvolver ..... com certeza à comunicar
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